A Patrística é contemporânea do último período do pensamento grego, o período religioso, com o qual tem fecundo contato, entretanto dele diferenciado-se profundamente, sobretudo como o teísmo se diferencia do panteísmo. E é também contemporâneo do império romano, com o qual também polemiza, e que terminará por se cristianizar depois de Constantino. Dada a culminante grandeza de Agostinho, a Patrística será dividida em três períodos: antes de Agostinho, período em que, filosoficamente, interessam especialmente os chamados apologistas e os padres alexandrinos ; Agostinho, que merece um desenvolvimento à parte, visto ser o maior dos Padres; depois de Agostinho vem o período que, logo após a sistematização, representa a decadência da Patrística.
O II Século
Os Apologistas e os Controvertistas
A Patrística do II século é caracterizada pela defesa que faz do cristianismo contra o paganismo, o hebraísmo e as heresias. Os padres deste período podem-se dividir em três grupos: os chamados padres apostólicos , os apologistas e os controversistas . Interessam-nos particularmente os segundos, pela defesa racional do cristianismo contra o paganismo; ao passo que os primeiros e os últimos têm uma importância religiosa, dogmática, no âmbito do próprio cristianismo.Costuma-se designar como o nome de apologistas os escritores cristãos dos fins do segundo século, que procuram de um lado demonstrar a inocência dos cristãos para obter em favor deles a tolerância das autoridades públicas; e provar do outro lado o valor da religião cristã para lhe granjear discípulos. Seus escritos, portanto, são, por vezes, apologias propriamente ditas, por vezes, obras de controvérsia, às vezes, teses. E são dirigidas às vezes contra os pagãos, outras vezes contra os hebreus. Os apologistas, mais cultos do que os padres apostólicos, freqüentemente são filósofos - por exemplo, São Justino Mártir - ainda que não apresentem uma unidade sistemática; continuam filósofos também depois da conversão, e se esforçam por defender a fé mediante a filosofia. Para bem compreendê-lo, é mister lembrar que o escopo por eles visado era, sobretudo, por em focos os pontos de contato existentes entre o cristianismo e a razão, entre o cristianismo e a filosofia. E apresentavam o cristianismo como uma sabedoria, aliás, como a sabedoria mais perfeita, para levarem, gradualmente, até à conversão os pagãos.
Tomás de Aquino
A Vida e as Obras
Após uma longa preparação e um desenvolvimento promissor, a escolástica chega ao seu ápice com Tomás de Aquino. Adquire plena consciência dos poderes da razão, e proporciona finalmente ao pensamento cristão uma filosofia. Assim, converge para Tomás de Aquino não apenas o pensamento escolástico, mas também o pensamento patrístico, que culminou com Agostinho, rico de elementos helenistas e neoplatônicos, além do patrimônio de revelação judaico-cristã, bem mais importante.Para Tomás de Aquino, porém, converge diretamente o pensamento helênico, na sistematização imponente de Aristóteles. O pensamento de Aristóteles, pois, chega a Tomás de Aquino enriquecido com os comentários pormenorizados, especialmente árabes.
Nasceu Tomás em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal dos condes de Aquino. Era unido pelos laços de sangue à família imperial e às famílias reais de França, Sicília e Aragão. Recebeu a primeira educação no grande mosteiro de Montecassino, passando a mocidade em Nápoles como aluno daquela universidade. Depois de ter estudado as artes liberais, entrou na ordem dominicana, renunciando a tudo, salvo à ciência. Tal acontecimento determinou uma forte reação por parte de sua família; entretanto, Tomás triunfou da oposição e se dedicou ao estudo assíduo da teologia, tendo como mestre Alberto Magno, primeiro na universidade de Paris (1245-1248) e depois em Colônia.
Também Alberto , filho da nobre família de duques de Bollstädt (1207-1280), abandonou o mundo e entrou na ordem dominicana. Ensinou em Colônia, Friburgo, Estrasburgo, lecionou teologia na universidade de Paris, onde teve entre os seus discípulos também Tomás de Aquino, que o acompanhou a Colônia, aonde Alberto foi chamado para lecionar no estudo geral de sua ordem. A atividade científica de Alberto Magno é vastíssima: trinta e oito volumes tratando dos assuntos mais variados - ciências naturais, filosofia, teologia, exegese, ascética.
As obras do Aquinate podem-se dividir em quatro grupos:
1. Comentários: à lógica, à física, à metafísica, à ética de Aristóteles; à Sagrada Escritura; a Dionísio pseudo-areopagita; aos quatro livros das sentenças de Pedro Lombardo.
2. Sumas: Suma Contra os Gentios , baseada substancialmente em demonstrações racionais; Suma Teológica , começada em 1265, ficando inacabada devido à morte prematura do autor.
3. Questões: Questões Disputadas (Da verdade , Da alma , Do mal , etc.); Questões várias .
4. Opúsculos: Da Unidade do Intelecto Contra os Averroístas ; Da Eternidade do Mundo , etc.
O Pensamento: A Gnosiologia
Diversamente do agostinianismo, e em harmonia com o pensamento aristotélico, Tomás considera a filosofia como uma disciplina essencialmente teorética, para resolver o problema do mundo. Considera também a filosofia como absolutamente distinta da teologia, - não oposta - visto ser o conteúdo da teologia arcano e revelado, o da filosofia evidente e racional.A gnosiologia tomista - diversamente da agostiniana e em harmonia com a aristotélica - é empírica e racional, sem inatismos e iluminações divinas. O conhecimento humano tem dois momentos, sensível e intelectual, e o segundo pressupõe o primeiro. O conhecimento sensível do objeto, que está fora de nós, realiza-se mediante a assim chamada espécie sensível . Esta é a impressão, a imagem, a forma do objeto material na alma, isto é, o objeto sem a matéria: como a impressão do sinete na cera, sem a materialidade do sinete; a cor do ouro percebido pelo olho, sem a materialidade do ouro.
O conhecimento intelectual depende do conhecimento sensível, mas transcende-o. O intelecto vê em a natureza das coisas - intus legit - mais profundamente do que os sentidos, sobre os quais exerce a sua atividade. Na espécie sensível - que representa o objeto material na sua individualidade, temporalidade, espacialidade, etc., mas sem a matéria - o inteligível, o universal, a essência das coisas é contida apenas implicitamente, potencialmente. Para que tal inteligível se torne explícito, atual, é preciso extraí-lo, abstraí-lo, isto é, desindividualizá-lo das condições materiais. Tem-se, deste modo, a espécie inteligível , representando precisamente o elemento essencial, a forma universal das coisas.
Pelo fato de que o inteligível é contido apenas potencialmente no sensível, é mister um intelecto agente que abstraia, desmaterialize, desindividualize o inteligível do fantasma ou representação sensível. Este intelecto agente é como que uma luz espiritual da alma, mediante a qual ilumina ela o mundo sensível para conhecê-lo; no entanto, é absolutamente desprovido de conteúdo ideal, sem conceitos diferentemente de quanto pretendia o inatismo agostiniano. E, ademais, é uma faculdade da alma individual, e não noa advém de fora, como pretendiam ainda i iluminismo agostiniano e o panteísmo averroísta. O intelecto que propriamente entende o inteligível, a essência, a idéia, feita explícita, desindividualizada pelo intelecto agente, é o intelecto passivo , a que pertencem as operações racionais humanas: conceber, julgar, raciocinar, elaborar as ciências até à filosofia.
Como no conhecimento sensível, a coisa sentida e o sujeito que sente, formam uma unidade mediante a espécie sensível, do mesmo modo e ainda mais perfeitamente, acontece no conhecimento intelectual, mediante a espécie inteligível, entre o objeto conhecido e o sujeito que conhece. Compreendendo as coisas, o espírito se torna todas as coisas, possui em si, tem em si mesmo imanentes todas as coisas, compreendendo-lhes as essências, as formas.
É preciso claramente salientar que, na filosofia de Tomás de Aquino, a espécie inteligível não é a coisa entendida, quer dizer, a representação da coisa (id quod intelligitur) , pois, neste caso, conheceríamos não as coisas, mas os conhecimentos das coisas, acabando, destarte, no fenomenismo. Mas, a espécie inteligível é o meio pelo qual a mente entende as coisas extramentais (é, logo, id quo intelligitur ). E isto corresponde perfeitamente aos dados do conhecimento, que nos garante conhecermos coisas e não idéias; mas as coisas podem ser conhecidas apenas através das espécies e das imagens, e não podem entrar fisicamente no nosso cérebro.
O conceito tomista de verdade é perfeitamente harmonizado com esta concepção realista do mundo, e é justificado experimentalmente e racionalmente. A verdade lógica não está nas coisas e nem sequer no mero intelecto, mas na adequação entre a coisa e o intelecto: veritas est adaequatio speculativa mentis et rei . E tal adequação é possível pela semelhança entre o intelecto e as coisas, que contêm um elemento inteligível, a essência, a forma, a idéia. O sinal pelo qual a verdade se manifesta à nossa mente, é a evidência; e, visto que muitos conhecimentos nossos não são evidentes, intuitivos, tornam-se verdadeiros quando levados à evidência mediante a demonstração.
Todos os conhecimentos sensíveis são evidentes, intuitivos, e, por conseqüência, todos os conhecimentos sensíveis são, por si, verdadeiros. Os chamados erros dos sentidos nada mais são que falsas interpretações dos dados sensíveis, devidas ao intelecto. Pelo contrário, no campo intelectual, poucos são os nossos conhecimentos evidentes. São certamente evidentes os princípios primeiros (identidade, contradição, etc.). Os conhecimentos não evidentes são reconduzidos à evidência mediante a demonstração, como já dissemos. É neste processo demonstrativo que se pode insinuar o erro, consistindo em uma falsa passagem na demonstração, e levando, destarte, à discrepância entre o intelecto e as coisas.
A demonstração é um processo dedutivo, isto é, uma passagem necessária do universal para o particular. No entanto, os universais, os conceitos, as idéias, não são inatas na mente humana, como pretendia o agostinianismo, e nem sequer são inatas suas relações lógicas, mas se tiram fundamentalmente da experiência, mediante a indução, que colhe a essência das coisas. A ciência tem como objeto esta essência das coisas, universal e necessária.
Foi num contexto muito tumultuoso que a patrística “filosofia dos santos padres”, surgiu
ResponderExcluirPor volta do século II, a oposição entre a Fé e a razão era bem evidente, principalmente por que o cristianismo baseava-se na analise da Fé, somente estruturada na crença, para explicar qualquer questão. Foi a partir dai que surgiram os padres apologistas, que procuravam aproximar a esse cristianismo ainda não fundamentado da filosofia.
A patrística tinha como um de suas principais missões a conciliação da Fe com a razão e teve santo Agostinho como maior representante.
“As trevas seriam a ausência de luz. a luz é a Fé em Deus que se manifesta em toda a natureza, até mesmo na razão. E como a razão é fruto da luz, deduz-se que a razão e limitada da Fé”.
Santo Agostinho faz uma relação entre Fé e razão que da ênfase a importância de transformar a razão em uma forma da demonstração da necessidade da Fé para o homem. Esse pensamento ilustra justamente a importância da razão como fonte de afirmação, enquanto meio para chegar a Fé.
“Compreender para crer, crer para compreender”.
Diogo Ricardo 3° B E.M.
A filosofia é uma das ciências que se preocupa com uma gama de questionamentos que auxiliam o homem a conhecer a si mesmo e compreender melhor sua participação em diversos âmbitos que permeiam a vida em sociedade, sendo importante destacar que essa visão é alterada de acordo com a época e a conjuntura político-econômica- social vigente.
ResponderExcluirAssim na Idade Média a filosofia foi utilizada como instrumento para alicerçar o desenvolvimento do cristianismo, posteriormente tornando essa religião a maior e mais poderosa correte ideológica do período em questão. Nesse ínterim sobressaem duas personalidades: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino que em consonância com teorias filosóficas de origem grega encontram a “saída” para o embate entre fé e razão surgindo aí a tão conhecida máxima: “Compreender para crer, crer para compreender” o que põe em evidência a possibilidade de utilizar a razão juntamente com a fé para acreditar nos milagres e na existência de um ser supremo, o próprio Deus. Isso se relaciona diretamente com o ponto de vista de São Tomás Aquino sobre a distinção entre filosofia e teologia, que ao final resultam em matérias que se complementares pois uma servia de base para outra.
Analisando o que foi produzido por esses filósofos pode-se dizer que seus trabalhos eram de um nível considerável, pelo teor principalmente intelectual e por deter a mesma fundamentação de questões que culminaram em um impasse que foi “solucionado” apenas com Kant séculos depois (empirismo X racionalismo) mostrando que de alguma forma – mesmo sendo teorias medievais- são tratados temas relativamente recentes, fato que confere uma maior importância a esses indivíduos que auxiliaram tanto o desenvolvimento da filosofia como na construção de uma religiosidade mais “racional”.
Thalisson A. de Souza 3º ano A
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ResponderExcluirIndo do século I ao V, a patrística foi um período onde padres filósofos eram os principais pensadores. A teologia ou pensamentos religiosos dominava o século, pois a fé era o principio de tudo. Santo Agostinho, principal representante da época afirmava que para compreender toda a grandeza divina e seus planos , era necessário a razão. Agostinho seguidor de Platão, afirmava que Deus era o criador de tudo , da perfeição e da verdade.
ResponderExcluirMais tarde, no século XI ao XV uma nova escola filosófica é criada, a Escolástica. Tendo como principal representante São Tomás de Aquino, que procurava sempre alcançar o mesmo objetivo de Santo Agostinho, mas , também vai incorporando o pensamento aristotélico. Tomás de Aquino defendeu o clericalismo e a necessidade da fé. Também defendia a tese de que para se justificar a existência de Deus era necessário a fé. E que a verdade é imutável , pois no plano divino a verdade nunca se altera.Portanto, os dois grandes pensadores sempre foram ligados e defendiam os mesmos valores.
ALANA MARIA 3ºB
A Patrística que se desenvolveu num ambiente que foi altamente influenciado pela filosofia grega e dela se desenvolveu para defender o novo conteúdo da fé.
ResponderExcluirCom isso tinha dois lados a Igreja Oriental e na outra a Igreja Ocidental. A escolástica com a queda do Império Romano decaiu sua produção intelectual, trata de um período que se denominou na idade media.
Santo Agostinho e São Tomas Aquino convergiam e divergiam em vários aspectos como: Ambos preocupavam sobre a essência das coisas (A verdade, Deus, o conhecimento) entre outras. Porem Agostinho acreditava em existir um de ideais que era perfeição. Também acreditava que a filosofia era busca da felicidade, o mesmo relacionava a fé com a razão. Já Tomas de Aquino não acreditava nesse tal mundo de ideais e sim de um lugar real, material. Pois para Agostinho todo conhecimento é alcançado somente pela iluminação divina, mas para Aquino o conhecimento já existe no interior só é descobri-lo dentro de se.
Portanto dizemos que ambos adaptam a razão e a fé, mas se distanciaram quanto ao processo de distanciamento.
Vanessa Seixas 3ºB
Durante o desenvolvimento da Filosofia Medieval, a Patrística e a Escolástica surgiram para resolver os problemas existentes entre razão e fé, tendo como principais representantes Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, pautados nos escritos teóricos de Platão e Aristóteles, respectivamente. Buscavam assim, transmitir o saber para o povo, desenvolvendo teorias, que mais tarde chegariam na verdade propriamente dita.
ResponderExcluirÉ importante ressaltar que, esse período foi de suma importância, uma vez que atribuíram conceitos racionais aos dogmas e as pregações religiosas, assim como, conseguiramexpandir a fé no campo cientifico. Obviamente que para alguns como Santo Anselmo, a fé sobressaia-se sobre a razão, enquanto que para outros como Pedro Abelardo, somente a razão teria condições para determinar a verdade (mas não descartava o uso reduzido da fé nesse processo).
Eram dentre muitos aspectos, uma forma de controle da sociedade, pois, de certa forma, eles que iriam determinar o modo de agir e de pensar de cada um, mas é relevante saber, que foi a única fonte de aprendizado e de conhecimento existente durante a Idade Média, contribuindo assim para a expansão das universidades.
Religião e Ciência já fizeram ‘as pazes’ em algum lugar da História!
Samara Machado, 3° ano B.
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ResponderExcluirDe um lado tínhamos a filosofia Patrística (considerados os padres da Igreja) e de outra tínhamos a Escolástica (considerados os Doutores da Igreja). Foi uma época marcada por Padres que queriam a harmonização do pensamento grego com a religião cristã e por padres que queria combater a cultura pagã.
ResponderExcluirCom o problema da Patrística Santo Agostinho tenta conciliar Fé e Razão através de explicação dos dogmas cristãos. Seguidor de Platão, Santo Agostinho mantinha seu pensamento ligado ao mundo das idéias. E Tomas de Aquino sob influencia de Aristóteles defendia idéias mais “materialistas”. Defende que não se pode haver contradição entre fé e razão porque as duas vêm de Deus. Porém tanto Santo Agostinho quanto Tomas de Aquino queriam ‘adaptar’ fé e razão.
Talita Fernandes- 3ªB.
Sendo um período religioso, a patrística foi dividida em três períodos juntamente com Agostinho: os apologistas, desenvolvimento de Agostinho e a decadência da patrística. Existia a relação da defesa racional do cristianismo contra o paganismo, que é de extrema importancia religiosa, onde os pagões não poderiam ter ligações com o cristianismo, ele tentava conciliar a fé com a razão. Tomás de Aquino introduz a escolástica que se baseava na razão, onde tenta explicar racionalmente a existencia de Deus, acreditava que a filosofia era a resolução para os problemas existentes no mundo. A gnosiologia é de forma racional, onde havia uma harmonia com o pensamento de Aristóteles, mostra a que o conhecimento intelectual depende do conhecimento sensível. Com relação a verdade, Tomás de aquino acreditava que a verdade era tudo além do visível, e que todas as coisas eram verdadeiras porque eram reais; concordava com Agostinho na expressão da seguinte frase: "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". Portanto, os dois filósofos seguiam para o mesmo pensamento, mas com algumas certas diferenças.
ResponderExcluirHellen Campos – 3ºB
São tomas de Aquino, foi o filosofo que melhor representou à escolástica, recebeu forte influencia dos filósofos gregos Platão e Aristóteles.
ResponderExcluir“se é verdade que a verdade da fé cristã ultrapassa as capacidades da razão humana, nem por isso os princípios inatos naturalmente á razão podem estar em contradição com esta verdade sobrenatural.”
Em sua filosofia ele tenta conciliar as verdades de fé contidas na bíblia com as verdades descobertas por nossa razão, isso é, conciliar a fé com a razão natural. Para que haja fé, não necessariamente deve-se excluir a razão; ela pode ajudar a entender a fé... A necessidade de crer num ser superior é um fato que se relaciona a razão que ao mesmo tempo fica submissa aos mistérios da fé.
Por: Erique Iam Dourado 3° B
Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino pensadores da Patrística e da Escolástica, tem como principal objetivo dos mesmos era ‘adaptar’ fé e razão.
ResponderExcluirSanto Agostinho, tentava através da razão compreender os mistérios da
existência de Deus.Tomás de Aquino,procurou alcançar o mesmo objetivo de Santo Agostinho e tinha o objetivo de definir o que é a verdade e e através da mesma justificar racionalmente a existência de Deus,e afirmava que a verdade pertence ao mundo inteligível e não ao sensível.
Porém, Tomás de Aquino sofreu criticas ao abandonar a fé em defesa da razão.
3ºA
Os Padres ou “Pais” da igreja (chamado assim, pois foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé), pela tradição como um testemunha da fé, foram responsáveis pelo que chamamos hoje de Tradição da Igreja. Dizem que são eles os melhores intérpretes da Sagrada Escritura. Os Pais da igreja criaram a expressão “teologia patrística” para indicar a doutrina dos Padres. Nessa época, eles tiveram que enfrentar e sofreram muito com as heresias.
ResponderExcluirO legado da Patrística foi passado à Escolástica, que visava manter o poder que a patrística tinha estabelecido. Elas foram a chave da educação na Idade das Trevas e também foram que uniram de certo modo e tempo as ciências e a religião. Então, podemos concluir que a patrística e a escolástica foram sim uma forma de controle, mas foram as grandes formas educacionais da idade média.
Patrícia Calixto Rios, 3ºA
O tomismo é a doutrina ou filosofia escolástica de São Tomás de Aquino, adotada oficialmente pela Igreja Católica, e que se caracteriza, sobretudo pela tentativa de conciliar o aristotelismo com o cristianismo. Procurando assim integrar o pensamento aristotélico e neoplatônico, aos textos das Sagradas Escrituras, gerando uma filosofia do Ser, inspirada na fé, com a teologia científica.
ResponderExcluirO tomismo afirma-se e caracteriza-se como uma crítica que valoriza a orientação do pensamento platônico-agostiniano em nome do racionalismo aristotélico, que pareceu um escândalo, no campo católico, ao misticismo agostiniano. Ademais, o tomismo se afirma e se caracteriza como o início da filosofia no pensamento cristão e, por conseguinte, como o início do pensamento moderno.
Santo Agostinho, baseado nos pensamentos platônicos, fundamentou sua filosofia a partir da razão humana, já o tomismo, desprezando a razão fundamenta seus pensamentos filosóficos na fé entrando em combate com o pensamento agostiniano
Andrei Dourado 3ºB
A patristica que vai do séc II até o inicio da escolastica VIII, teve o objetivo na filosofia de unir a fé à razão...
ResponderExcluirCom seus pensadores St° Agostinho e São Tomás de Aquino, que tentaram provar a existencia de Deus através da fé e da razão.
Porem Tomas de Aquino preocupou-se mais com a razão esquecendo, assim , a fé. Pois acreditava que a filosofia era a soluçao para os problemas.
Leonardo Caique 3° B
Como Muitos disseram acima St° Agostinho e Tomas de Aquino seguiam o mesmo raciocinio porem com algumas divergências...
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ResponderExcluirDerivado dos pensamento platônicos a patristica envolvia as diversas formas que a igreja tinha de combater e convencer os pagãos a se aliarem ao cristianismo, dito pelos sábios mais cultos como a sabedoria mais perfeita tendo Deus como única resposta de todas as coisas, sem questionamentos com ênfase no aumento do número de fiéis . Os grandes pensadores dessa época lutavam para unir a filosofia com a fé e isso só foi se concretizar com argumentos consideráveis e sólidos somente com a chegada de São Toma de Aquino que consegue infiltrar os pontos principais e os focos da razão para tornar o cristianismo uma filosofia .
ResponderExcluirO conceito tomista surpreende por ser extremamente racionalista sem nenhuma intervenção do pensamento divino e ao mesmo tempo ser ligado ao empírico .Tem se a ideia de trazer a verdade de acordo com o que vivemos em nossa realidade racionalmente e experimentalmente ( sensível e intelectual ) mostrando que todo conhecimento sensível adquirido por nós é o verdadeiro e os erros dos sentidos é derivado do intelecto que é aprimorado pela dedução .
Lucas Costa 3 º B
Os embates entre fé e razão surgiram no cenário filosófico desde a Idade Média. Filósofos importantes, tais como São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, destacaram-se ao buscar teorias que pudessem levar a resolução desses problemas.
ResponderExcluirAuxiliaram-se nos postulados de Platão e Aristóteles, surgindo desde então duas Escolas: Escolástica (Aquino) e Patrística (Agostinho) e através destas, buscariam mesclar caráter divino e caráter racionalista para determinar a verdade de todas as coisas da sociedade vigente naquela época. Nesta constante mescla, naturalmente que, para alguns a fé era suprema e pouco se necessitava da razão para chegar ao conhecimento pleno e para outros era a razão quem comandava a fé e a assim se atingiria a verdade.
Decorre daí outro aspecto: o conflito entre o bem e o mal. Pois, segundo Tomas de Aquino, Deus criou tudo e Deus é perfeito, logo se Deus é perfeito suas criações também seriam perfeitas, mas como surgiria o mal? Este seria proveniente do livre arbítrio e da liberdade exacerbada de cada um.
“Agostinho afirma que o conhecimento é resultado divino, ‘a centelha de Deus que existe em cada’”.
E assim, Tomas de Aquino e Santo Agostinho se interligam em uma parte da história, onde tentaram resolver conflitos entre fé e razão.
Luan Gustavo, 3º B
O período em que surgiu a Patrística e a Escolástica foi um momento em que se defendia muito a busca pela razão, os padres então sentiram a necessidade de tornar a fé cristã algo mais real, com maior objetividade para combater a cultura pagã. Surge então, inicialmente, a Patrística, que tem esse nome justamente por terem sido os primeiros teóricos. E, logo em seguida, inova-se o pensamento com a Escolástica.
ResponderExcluirA Patrística que durou do século II até o VII d.C se divide em três períodos distintos, de acordo com a existência do pensador mais importante dessa época, Santo Agostinho, que é seguidor das ideias de Platão. Os pensadores do primeiro período são chamados de apostólicos, depois os apologistas e, por fim, os controversistas.
Posteriormente, do século XI ao XV surge uma nova escola filosófica, a Escolástica. O principal representante dessa época foi São Tomás de Aquino, seguidor de Aristóteles. Ele adquire plena consciência dos poderes da razão, e proporciona finalmente ao pensamento cristão uma filosofia.
O que se percebe é que, enquanto Santo Agostinho era fortemente influenciado pela religião, fé e Deus, Tomás de Aquino se separa um pouco de tudo isso e dá mais atenção à razão. Por fim, “a gnosiologia tomista - diversamente da agostiniana e em harmonia com a aristotélica - é empírica e racional, sem inatismos e iluminações divinas”.
Kaique Alvim Rocha, 3° B